
Eu sempre tive uma queda por mulheres uniformizadas.
Vai dizer que uma enfermeira ou aeromoça nunca fez parte de seus sonhos?
Pois é, quando vi Rosicléa de peito estufado – tal qual um peito de pombo -, colete à prova de balas dependurado naquela bela carcaça, mãos nos quartos ladeando o trabuco e um vermelho batom nos lábios carnudos, desfilando por entre as mesas do mercado, onde, naquela tarde de sábado, eu dividia um maravilhoso arrumadinho de charque e algumas cervejas com amigos, disse a mim mesmo:
– Ainda dou um trato nessa morena! – e não errei.
Sabe como é né, ponteei-a daqui, dali, troquei olhares, sorrisos discretos e, num sábado desses, alcancei o meu intento.
Rapaz, não foi fácil não. Ela se achava a última bala. Mas, com jeitinho, não tem mulher durona que não baixe a guarda. E não deu outra! Ela foi minha, quer dizer... Quando estava bem instalado na cama dela, no cafofo dela, não é que começou um tiroteio nas redondezas?! Aí o dever falou mais alto e ela partiu, sem dizer adeus, para cumprir fielmente o mister de proteger a população. Nunca mais a vi, nem a tive em meus braços...
Uma última bala a atingiu em cheio. Pelo lado, em seu flanco desprotegido. Só foram me encontrar algemado ao espelho da cama depois dos três dias em que ela ficou na UTI e lhe foram buscar roupas para o velório. Claro que permaneci ao seu lado até que descesse à última morada.
Pelo menos eu posso dizer que perdi o emprego por causa de uma mulher... Quem disse que eu tive coragem de contar o que realmente aconteceu? Melhor deixar pra lá, não é mesmo?
E ainda ganhei a fama de viúvo da heroína...
Aí, sabe como é que é né, uma desavisada aqui, outra ali, a gente conta uma história triste, enfeita a coisa, pede colinho, faz cara de pobre moço, desamparado... Vale tudo. Menos algemas, é claro!
Vai dizer que uma enfermeira ou aeromoça nunca fez parte de seus sonhos?
Pois é, quando vi Rosicléa de peito estufado – tal qual um peito de pombo -, colete à prova de balas dependurado naquela bela carcaça, mãos nos quartos ladeando o trabuco e um vermelho batom nos lábios carnudos, desfilando por entre as mesas do mercado, onde, naquela tarde de sábado, eu dividia um maravilhoso arrumadinho de charque e algumas cervejas com amigos, disse a mim mesmo:
– Ainda dou um trato nessa morena! – e não errei.
Sabe como é né, ponteei-a daqui, dali, troquei olhares, sorrisos discretos e, num sábado desses, alcancei o meu intento.
Rapaz, não foi fácil não. Ela se achava a última bala. Mas, com jeitinho, não tem mulher durona que não baixe a guarda. E não deu outra! Ela foi minha, quer dizer... Quando estava bem instalado na cama dela, no cafofo dela, não é que começou um tiroteio nas redondezas?! Aí o dever falou mais alto e ela partiu, sem dizer adeus, para cumprir fielmente o mister de proteger a população. Nunca mais a vi, nem a tive em meus braços...
Uma última bala a atingiu em cheio. Pelo lado, em seu flanco desprotegido. Só foram me encontrar algemado ao espelho da cama depois dos três dias em que ela ficou na UTI e lhe foram buscar roupas para o velório. Claro que permaneci ao seu lado até que descesse à última morada.
Pelo menos eu posso dizer que perdi o emprego por causa de uma mulher... Quem disse que eu tive coragem de contar o que realmente aconteceu? Melhor deixar pra lá, não é mesmo?
E ainda ganhei a fama de viúvo da heroína...
Aí, sabe como é que é né, uma desavisada aqui, outra ali, a gente conta uma história triste, enfeita a coisa, pede colinho, faz cara de pobre moço, desamparado... Vale tudo. Menos algemas, é claro!