quinta-feira, 15 de março de 2012

Dia da Poesia na Escola Encontro

Na manhã de hoje, tive a satisfação de bater um papo gostoso com a crianças da Escola Encontro sobre poesia (o dia da Poesia foi ontem, 14 de março). Neste colégio, onde minha filha estuda, há um projeto bem interessante de desenvolvimento de habilidades que inclui a formação do hábito da leitura e da redação criativa. Creio que muitos talentos poderão surgir daqui.

Após breves comentários a respeito do gênero poesia, já trabalhado em sala de aula, interpretei para os pequenos (da 1a a 5a série): "A banana", de Sônia Carneiro Leão; "Trem de ferro", de Manuel Bandeira; e "O menino jogando pião", do cordel Nossa Gente, de minha autoria.

Foi incrível! Eles também fizeram belas apresentações: alguns com suas próprias poesias, declamação em coletivo e representações de "Ou isso ou aquilo" e "A bailarina", de Cecília Meireles e, por fim, uma bela homenagem cantada às mulheres, já que neste mês se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março), com os meninos cantando "Garota de Ipanema".

Dia desses terá mais... Ah, ao final de tudo, depois de responder-lhes algumas perguntas pessoais (de como me tornei escritor, sobre a inspiração etc.), ganhei um monte de abraços e "toque aqui". Quantos olhinhos brilhantes... Preenchi com um pouquinho mais de alegria o meu dia.

domingo, 11 de março de 2012

O que cabe na imaginação?


Na manhã do sábado (03 de março de 2012), estive na Escola Bem-me-quer discorrendo sobre "O que cabe na imaginação?", com crianças bem pequenas e seus familiares, além de professores e auxiliares da escola.
Partindo do poema que dá nome ao projeto (e que integra o livro "Contação - uma historinha para cada dedo da mão", recentemente premiado pela Academia Pernambucana de Letras na categoria literatura infantil), fizemos uma mágica viagem por belos e inusitados lugares.
Com a "caixinha de histórias" em mãos, todos os presentes - em especial as crianças - soltaram a imaginação e deram vida a muitas e muitas histórias. Assim, foi possível perceber que o poder da criação está, sem exceção, ao alcance de cada um. Basta exercitar. E a leitura, sem dúvida, é um excelente ponto de partida.
Como de hábito, respondi a algumas perguntas sobre como me tornei escritor e a respeito da minha trajetória de menino até os dias atuais. Foi super divertido e instrutivo. E como é legal ver olhinhos curiosos e tão atenciosos brilhando. Fica sempre um desejo de quero mais...
Um grande abraço a todos os que estavam presentes. Dia desses tem mais!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Confissões...


Com que satisfação se inicia a minha semana, em especial no aspecto literário. Acabo de chegar de João Pessoa, de uma gostosa e já saudosa visita aos meus pais. Sempre que possível temos com eles, para que possam acompanhar o crescimento da neta mais nova, minha florzinha, Ana Clara. De lá, trouxe na bagagem, além do revigorante aconchego da família, um presente maravilhoso para quem dedica significativa parte de seu cotidiano à literatura infantil e juvenil. Ganhei de meu pai um exemplar da "Crestomatia", da qual ele tanto falava e eu tanto ouvia, com o desejo de - um dia - tê-la em mãos. Finalmente, este dia chegou!

E, agorinha mesmo, quando acabo de chegar ao edifício onde resido, eis que o porteiro me entrega o envelope com um exemplar de "Confesso que li", organizado por Yó Limeira e pela querida Neide Medeiros Santos. Esta última, que me remeteu a preciosidade, em cartinha mui amável diz que este "... não é um livro infantil, mas os escritores paraibanos falam de suas leituras feitas na infância e adolescência, alguns de forma bem descontraída, outros mais formais. A poeticidade está presente em muitos textos... Espero que você goste."

Confesso que deixei tudo o mais de lado e o folheei, com avidez, pra cá e para acolá. Se irei gostar? Posso dizer que adorei o presente, o que já li e o que lerei nas páginas seguintes, pelo que posso me atrever a recomendar ou sugerir que projetos semelhantes ganhem corpo por todo o Brasil. Quem sabe mundo afora? Grandes descobertas virão. Podem estar certos disso, pois há o relato de 34 escritores de diversas gerações. Peço sua licença: há belas páginas a desvendar (e com ricas ilustrações de capas de livros, gibis e tanto mais do imaginário desses leitores/escritores).

Referência completa: LIMEIRA, Yó, SANTOS, Neide Medeiros (org.) Confesso que li. João Pessoa: Ideia, 2012. 221 p. il. (ISBN 9788575396599)