terça-feira, 27 de setembro de 2011

Por que seria surpresa saber-me engenheiro e escritor?



Porque nas sociedades em que vivemos,em nosso cotidiano, transferimos nossas expectativas e limitações de compreensão da possibilidade de completude do outro para este outro. É uma estratégia de sobrevivência presente em toda a humanidade. Quanto menos o conhecemos mais lhe projetamos nosso desconhecimento, completando estas lacunas com a construção ficcional que nos pareça - e não necessariamente seja - mais agradável. Eis que este ato ficcional nos dá prazer, enquanto que admitir o desconhecimento,ou reconhecer a realidade diferente do que imaginamos, nos amedronta. Por esta razão, vivemos imersos em estereótipos que servem bem a este propósito de preencher o vazio perceptivo com (supostas) verdades plausíveis.

E tal é tão comum que, não raro, me deparo com comentários do tipo:

- E você... engenheiro, escritor...e de literatura infantil?!


Parece-lhes absurda tal possibilidade. E erram feio, em dois pontos:

a) por assumirem postura completamente estereotipada, como se engenheiro não pudesse ou não fosse apto a escrever, e ainda mais para crianças (e não somente para estas);

b)por me rotularem primeiramente como engenheiro e não como escritor.


Mal sabem que, não só em mim, como em tantos outros casos similares,este nasceu antes daquele. Neste sentido, seria surpresa saberem-me escritor e engenheiro?

sábado, 17 de setembro de 2011

Trovinha de Primavera



Trocando mensagens com a querida amiga Regina Sormani (da Regional SP da AEILIJ), responsável pela Revista Eletrônica Almanaque Primavera em Sampa, recebi o gentil convite para escrever uma trovinha para publicação no próximo mês de outubro. Dentre outros assuntos relacionados à literatura, são publicadas mensalmente trovas de diversos escritores, a partir de uma palavra-tema comum, a qual ainda não estava decidida para o mês vindouro.

Me atrevi a sugerir: flor, florida, florada... dando continuidade à ideia de primavera. A sugestão florada foi aceita. E zupt! De imediato, me veio à mente a quadrinha que abaixo disponibilizo para todos vocês, devidamente ilustrada pela bela imagem de um Ipê Amarelo, árvore-símbolo de minha cidade natal (João Pessoa/PB). Espero que apreciem e visitem o Almanaque Primavera em Sampa para conferir tantas outras coisas bonitas. Abraços a todos, Tonton.

A primavera chegou
Trazendo bela florada
Que ele em mãos tomou
Para encantar a amada!


Em tempo: não me considero poeta, apesar de apreciar profundamente sonetos (que considero a forma ou estrutura sublime da poesia), pelo que esta tentativa de escrito nada mais é do que um atrevimento poético.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Plano Nacional do Livro e da Leitura - PNLL



No último dia 1 de setembro, foi promulgado o Decreto n. 7.559 que trata do Plano Nacional do Livro e da Leitura - PNLL, que, segundo o próprio texto legal, "consiste em estratégia permanente de planejamento, apoio, articulação e referência para a execução de ações voltadas para o fomento da leitura no País".
Dentre os objetivos do PNLL estão a democratização do acesso ao livro e o desenvolvimento da economia do livro como estímulo à produção intelectual e ao desenvolvimento da economia nacional.
Cabe-nos, então, mais que torcemos para que este Plano Nacional seja exitoso, colaborar ativa e efetivamente para a sua consecução, o que, sem dúvida, contribuirá decisivamente para a construção de um país mais justo e com igualdade de oportunidades para todos. Afinal, sabemos - desde há muito - que um país se constrói, também, com leitores capazes e conscientes, bem como com livros.
Para iniciarmos a caminhada, convido-os a conhecer o texto deste Decreto em sua íntegra, disponível aqui.