sábado, 28 de maio de 2011

Trem de Histórias - a primeira antologia da AEILIJ



Prezados frequentadores deste blog,

Tenho a imensa satisfação de anunciar, em primeira mão, a edição da primeira antologia da AEILIJ - Trem de Histórias, trazendo 20 textos e 20 ilustrações de 37 autores aeilijianos, que se uniram para realizar esse trabalho em prol da nossa querida Associação.

A bela capa foi criada sobre uma linda xilogravura da Nireuda Longobardi. O pra lá de competente gerenciamento do projeto coube ao cheio de energia Alex (http://alexandredecastrogomes.blogspot.com/)

O livro, direcionado ao público infanto-juvenil, contém contos, crônicas e poesias relacionados a trens, bondes e outros veículos que rodam sobre trilhos. A apresentação é da Anna Claudia Ramos (atual presidente da entidade).

Meu conto, Um trem para as meninas, conta com uma maravilhosa ilustração da também pernambucana Kika Suassuna e tem a companhia de Tem uma barata no trem!, de Alex, Trem dos unicórnios, de Zé Zuca, Resgate, de Alina Perlman, Minha primeira viagem de trem, de Rosana Rios, A noite dos cometas, de Adriano Messias, O condutor, de Simone Pedersen, Esse trem que me falta na lembrança, de Luiz Antonio Aguiar... e muitos outros. Somos autores do Rio, São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, e até de – passagem por – Cabo Verde, na África!

Os ilustradores, entre eles: Fabiana Salomão, Laz Muniz, Mauricio Veneza, Márcia Széliga, Sandra Ronca, JP Veiga, Cris Alhadeff (que ilustrou uma crônica da Eliana Martins) e outros craques das cores, abusaram da criatividade e contribuíram com ilustrações em nanquim, xilogravura, computador, lápis de cor, aquarela, spray, canetinhas, técnicas mistas... O livro está bom demais!

Trem de Histórias sairá em junho pela Caki Books (http://www.cakibooks.com.br/) e poderá ser comprado através do site da editora, e nas lojas Gato Sabido e Amazon, nos formatos e-book e impresso com capa dura!

Eis os aeilijianos responsáveis pelo sucesso do projeto:

Adriano Messias - Alessandra Pontes Roscoe - Alexandre de Castro Gomes - Alina Perlman - Ana Cristina Melo - Angela Leite de Souza - Anielizabeth - Antonio Nunes (Tonton) - Bia Salgueiro - Carla Pilla - Claudia Gomes - Cris Alhadeff - Danilo Marques - Eliana Martins - Fabiana Salomão - Felipe Vellozo - JP Veiga - Kika Freyre - Laz Muniz - Luiz Antonio Aguiar - Marcelo Queiroz - Márcia Széliga - Marilza Conceição - Mauricio Veneza - Monika Papescu - Naná Martins - Nilza Azzi - Nireuda Longobardi - Regina Gulla - Roney Bunn - Rosana Rios - Sandra Ronca - Sandro Dinarte - Simone Bibian - Simone Pedersen - Soraia Ljubtschenko Motta - Zé Zuca

A AEILIJ (http://www.aeilij.org.br/) é a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. Tem regionais espalhadas por diversos estados do Brasil e funciona através de ações voluntárias de seus participantes.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Comidinhas de vovó...



Lembro-me bem de quando eu, ainda muito pequenina, precisava do auxílio de um tamborete para alcançar e apoiar-me no balcão da cozinha da casa de minha avó. Era um festival para os sentidos todas as vezes que eu me aproximava para observá-la cozinhar. O gostoso cheiro do alho pilado com o sal, a pimenta do reino finamente moída e a pitada de cominho que, segundo ela, era apenas para dar um cheirinho e um leve sabor na comida, pois não podia passar do ponto, senão botava tudo a perder. Tinha o colorífico de Urucum, que conhecíamos por colorau, a páprica e até o curry, cujo nome somente aprendi a pronunciar corretamente alguns anos mais tarde, quando já frequentava as aulinhas de inglês. Ah, não podemos esquecer da canela, em lascas e em pó, do cravo da índia e do leite de coco, que acabara de ser ralado manualmente com o ralador preso sob as coxas. Quanta saudade!
Não era à toa que o meu avô dizia que as três melhores coisas da vida eram o almoço em família, a sonequinha depois da refeição e acordar, ao cair da tardinha, com os dengos de minha avó, dizendo-lhe:
– Acorde, vá, meu velho, senão não vai restar sono para a noite! – e ela sabia bem o que dizia.
Quando acontecia dele adormecer e perder a hora de despertar, por ela não estar em casa para acordá-lo na hora devida, logo mais, quando feita a madrugada, ele perambulava pela casa, para lá e para cá, sem encontrar motivo para conseguir retomar o sono, face a tê-lo saciado na tarde anterior. E no dia seguinte, ai de nós: mal-humorado pela noite mal-dormida, sem dúvida, todos encontraríamos o seu mal-humor.
O cheiro da cebola dourando e da carne assando na panela resplandecia casa afora. O queijo de coalho na chapa e em finas fatias para gratinar os famosos escondidinhos de minha avó. E o feijão de caldo grosso que ela fazia?! Vixe! Nunca comi outro igual. Um verdadeiro segredo de família. Imbatível quando acompanhado da farofa de cuscuz de milho feita na manteiga de garrafa. Deus do céu! Chega a dar até fome só de lembrar de tanta gostosura. E ainda tinha as sobremesas: doce de goiaba e de jaca em calda – os meus preferidos, mamão com coco – outra delícia, compota de caju e de banana – em rodelinhas, indispensáveis! E os sucos de frutas?! De graviola – o preferido da mamãe, de mangaba – o preferido do papai, o de manga – o preferido de meu irmão e o de pitanga – o preferido de minha irmã. O meu preferido? Todos eles! E repetidas vezes, com bastante gelo, é claro. Ai, ai, é de dar água na boca e de fazer funcionar a memória depositada nas papilas gustativas.
E antes de se terminar a refeição com o famoso licor de jenipapo – proibido para os menores, tinha que ter o bolo de milho ou de laranja acompanhados de finos biscoitos de goma e um café quentinho, coado na hora! Ê, já não se faz banquetes como estes, de juntar toda a família para conversar ao redor da mesa com tanta frequência como antigamente. Mesmo assim, quando é possível, em um sábado ou domingo qualquer – não precisa ser uma data especial não, mas se for, melhor – toco o telefone convocando, de véspera, um por um e aviso em tom de cumplicidade e de satisfação:
– Amanhã vai ter aquele almocinho, aqui na casa da vovó e vocês estão todos convidados!

Receitinha básica de escondidinhos:

Unte levemente o fundo de uma tigela retangular de vidro (ou, de preferência, de cerâmica) com manteiga. Deposite uma camada de purê de macaxeira (aipim). Intercale porções em cubos bem pequenos de carne de sol ou de charque (carne seca ou jabá) fritas em cebola dourada em pedaços menores ainda. Se preferir, poderá desfiá-la. Repita todo o processo, cobrindo com uma última camada de purê. Por fim, por cima de tudo, cubra com fatias generosas de queijo de coalho. Regue com um pouco de manteiga de garrafa (pode ser derretida mesmo, se não tiver a legítima à disposição), cubra com papel alumínio e leve ao forno para gratinar. É simples e gostoso. É de “lamber os beiços”, como dizemos por estas bandas de cá. Ah, não se esqueça de dar um toque final: decore com raminhos cheiro verde! E você também pode variar de acordo com o seu gosto: introduzindo camadas de requeijão, por exemplo. Experimente e me diga o que achou...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Jornal do Commércio, Recife, 18 de maio de 2011



Prezados, esta notícia de divulgação de um evento sobre literatura infantil e juvenil (LIJ), do qual participarei na FAFIRE (uma tradicional faculdade local), saiu hoje, 4a feira, 18 de maio de 2011, na p. 5, Caderno C (Cultura), do Jornal do Commércio.

A minha participação será no Café Cultural com escritores, que terá início as 17h, desta 6a feira, dia 20 de maio.

Abraços a todos, desta terra de frevo, maracatu e muita LIJ, Tonton

Visitem, também, http://lij-pe.blogspot.com/